Domingo, 25 de novembro
último, um grupo de 46 dos nossos com seus familiares foi em peregrinação a
Garanhuns. Capitaneados pelo irmão José Alfredo, partimos às 6 e meia da manhã,
de ônibus, aliás bem confortável, e chegamos por volta das 9 e meia ao destino.
Estava programado que iríamos visitar o Mosteiro de São Bento, o Santuário da
Mãe Rainha de Schoenstatt, a Catedral, e outros lugares, se houvesse tempo
suficiente, pois teríamos de retornar às 16 horas.
A viagem não foi nada
monótona. Rezamos o terço, conversamos muito entre nós, contamos anedotas, sorteamos brindes primorosamente embalados (sortear
é um modo de dizer, pois havia mais brindes que brindados), aprofundamos o conhecimento mútuo.
Ao chegarmos, dirigimo-nos
logo ao Mosteiro. Ciceroneados por um monge, visitamos o local e nos reunimos para
orar na cripta, diante do sacrário, onde nos foi relatada a história de São
Bento e Santa Escolástica, irmãos gêmeos, fundadores da ordem beneditina masculina
e feminina respectivamente. Depois, nos dirigimos à bela igreja do Mosteiro, de
arquitetura moderna, e assistimos à Missa dominical solene, cuja segunda
Leitura foi feita pelo nosso Coordenador, o Geo. Extasiamo-nos com a liturgia e
seus cantos gregorianos cantados em latim pelo coral liderado por um monge,
cuja voz nos impressionou muitíssimo.
Após as compras na loja do
Mosteiro, fomos almoçar num restaurante popular, preferido dos caminhoneiros,
e, por isso mesmo, sinal de que havia comida boa e barata. O que encontramos
correspondeu plenamente às nossas expectativas.
A seguir, o ônibus deu uma
volta pela cidade, e nos dirigimos ao ponto mais alto de Garanhuns, o Cruzeiro,
de onde tivemos a visão belíssima da cidade e da paisagem do agreste
pernambucano de entorno.
O destino seguinte foi o
Santuário da Mãe Rainha de Schoenstatt. O local é muito bonito, com canteiros
de hortênsias e a igreja com capacidade para muitos peregrinos. Bem próxima à
igreja, numa capela separada, com sacrário próprio, a imagem famosa, que remete
ao Santuário original da pequena cidade alemã. Ali, junto de nossa Mãe, oramos
pelo Movimento do Terço dos Homens (nascido, como sabemos, por inspiração do
Movimento de Schoenstatt), pela Igreja, e por outras intenções gerais e
particulares. Estávamos em casa.
Muitos de nós, depois da
visita à igreja, passearam pela feira que se formou em torno do santuário, e
quando todos se acomodaram no ônibus, resolvemos vir logo embora, pois não
havia tempo suficiente para outros passeios. A viagem de volta foi muito
animada, com o Waldo e o Tonho com o violão fazendo a festa.
Valeu a pena? Ora, se valeu!
Ao descermos do ônibus, na Praça Jardim Alagoas, por volta das 19 horas, sentíamos
no ar que algo tinha mudado. A viagem nos aproximou enormemente. Indo além da cordialidade
já existente, a peregrinação nos irmanou de maneira sensível. Sentimos agora
que somos algo mais que um grupo de oração. Tornamo-nos uma família. E todos,
agora, querem repetir a experiência. Constatamos como é verdadeiro o que a
Bíblia nos diz sobre aqueles que se amam mutuamente: experimentamos a alegria da
presença de Jesus entre nós, e provamos da felicidade que se sente quando os
irmãos estão juntos. É uma pequeníssima amostra do que será para nós o Paraíso.
Poderão ser vistas abaixo
algumas fotos da peregrinação.
RUMO A GARANHUNS
PAUSA NA VIAGEM
O MOSTEIRO DE SÃO BENTO
O PAINEL DO PRESBITÉRIO
A CRIPTA DO MOSTEIRO
A SANTA MISSA
O CRUZEIRO
O SANTUÁRIO DA MÃE RAINHA
A VOLTA
UM FATO INUSITADO NO SANTUÁRIO DA MÃE RAINHA
Por Oswaldo.
Eu e o nosso irmão Sebastião,
ao sairmos da capela, dirigimo-nos à igreja consagrada à Mãe Rainha, apenas
para visitá-la, pois já tínhamos assistido à Missa no Mosteiro. A Santa Missa
estava por começar quando lá chegamos, últimos do grupo, pois ficamos a
fotografar alguns dos nossos irmãos do Terço na capela. Valeu a pena. Ao fim da
procissão de entrada, cujos membros podíamos ver passar bem próximo de nós, mas
apenas um a um por causa de uma parede que limitava a visão (estávamos no
portal da igreja), surgiu, derradeiro e inesperadamente, o Bispo de Garanhuns,
D. Fernando Guimarães. Para exprimir minha surpresa, e a fim de não dar na
vista por causa da proximidade, disse em italiano: o Bispo! (Il vescovo!). E foi justamente o uso
dessa língua que chamou a atenção dele. Ele se mostrou surpreso e dirigiu-se a
mim, sorridente, abandonando a procissão: Sono
loro italiani? (Vocês são italianos?). Mais surpreso ainda, meio sem chão, respondi,
naquele idioma (que, aliás, dominou nossa conversa), que éramos brasileiros.
Quis saber como havíamos aprendido a língua. Disse-lhe que tinha estudado na
Itália. Ele me contou que vivera 27 anos naquele país, e parecia muito saudoso
(de fato, pesquisei posteriormente sobre ele, e descobri que exercera altos
cargos na Santa Sé). Após uma breve conversa, pedi permissão para fotografá-lo
comigo, o que ele acedeu sorrindo. Sebastião empunhou a câmera e fez as fotos mostradas
abaixo. Por escrúpulo, não quisemos retardar mais D. Fernando, que deveria
retornar à procissão. Mas isso não evitou que eu lhe pedisse sua bênção (que
não sou bobo), e ele nos abençoou. Separamo-nos felizes e fomos ter com o resto
da turma sem acreditar direito no que tinha ocorrido. Gentilezas de Deus: não tivemos
tempo de visitar a Catedral. Aprouve a Ele, então, que a Catedral viesse a nós.
Louvado seja o Senhor!