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NOSSOS ENCONTROS ACONTECEM SEMANALMENTE, TODAS AS QUARTAS-FEIRAS À NOITE, A PARTIR DAS 20H, NA PARÓQUIA DO MENINO JESUS DE PRAGA.
VENHA PARTICIPAR VOCÊ TAMBÉM DO TERÇO DA MÃE DE JESUS!



quinta-feira, 27 de junho de 2013

O PLEBISCITO



O movimento nacional dos homens do terço não exprime só objetivos paroquiais, muito menos de sacristia. É um movimento da Igreja do Brasil, sujeito diretamente ao respectivo Bispo, que visa criar condições, por meio da reza do terço, para o surgimento de um mundo melhor, mais cristão, formando a base de uma humanidade renovada pelos ensinamentos de Jesus. E contamos para isso, com a intercessão da Virgem Maria, Mãe de Jesus e Senhora do Santuário de Schönstatt, a quem invocamos. Como define nosso hino, nós, sob o olhar materno da Mãe de Deus, somos homens que, rezando, nos tornamos meninos, menino que pode mudar, porém, o destino do mundo.

E o momento é esse. Diante dos atuais acontecimentos de levante da nossa juventude brasileira, é hora  de agirmos, de nos identificar, de maneira concreta, com os anseios desses jovens que serão o Brasil de daqui a pouco, e que, muitos deles, senão a maioria, são já, agora, parte do Corpo de Cristo que é a Igreja.

Entre as exigências juvenis, todas importantes e essenciais, existe uma que me parece a base sobre a qual todas as outras poderão se concretizar: A REFORMA POLÍTICA.

A presidenta Dilma decidiu encaminhar um pedido de abertura de um plebiscito para que o povo possa decidir sobre os pontos dessa reforma realmente necessária, neste momento histórico do Brasil.

A proposta é muito boa, muito mais adequada que um referendo sem sentido neste momento; mas tem um senão: o povo só poderá decidir SIM ou NÃO sobre pontos previamente escolhidos pelo Congresso. É como entregar nossa horta para um cabrito guardar.

Mesmo que sugeridos pela Presidenta, com certeza ela irá evitar pontos sensíveis que realmente irão contar para a construção de uma real democracia.

Portanto, além da exigência por um plebiscito, nós, o povo com sua juventude bem acordada que brevemente estará em torno do Papa Francisco no Rio de Janeiro, devemos lutar com todos os meios para impor também nossa lista dos pontos essenciais dessa reforma que, a nosso ver, valham a pena serem escolhidos pelos eleitores.

Permito-me sugerir alguns. Cada ponto pode ser discutido sob vários aspectos. Tenho inúmeros argumentos que podem servir de base para sua validação. Gostaria de discutir ou aprofundar cada ponto sugerido, além de receber outras propostas, que, sem dúvida, serão valiosas.

PONTOS ESSENCIAIS PARA UMA REFORMA POLÍTICA

Os pontos essenciais estão na ordem de consciência dos políticos. Seriam a preocupação pelo bem comum, a consciência de serem responsáveis pelo povo que os elegeu, e a ética no exercício do mandato. Como isso é praticamente impossível de se encontrar na atual cultura política do país, temos que impor condições para cercear as atitudes que contrariam os pontos essenciais acima descritos, a saber:

1)      EXTINGUIR O A FIGURA DO VOTO OBRIGATÓRIO,     CONSERVANDO, PORÉM,  A OBRIGATORIEDADE DO ALISTAMENTO ELEITORAL. JÁ BASTA QUE ELEITORES SEM NENHUMA CONSCIÊNCIA POLÍTICO-ELEITORAL SEJAM OBRIGADOS A EXERCER UM DIREITO DO QUAL NÃO POSSUEM NENHUM CRITÉRIO ADEQUADO DE ESCOLHA POR SEREM, NA MAIORIA, ANALFABETOS FUNCIONAIS, E SE TORNAREM MASSA DE MANOBRA DA MÍDIA E DE POLÍTICOS  INESCRUPULOSOS. VAMOS AUMENTAR O PERCENTUAL DOS VOTOS CONSCIENTES! ISSO É QUE É A VERDADEIRA DEMOCRACIA. ESSA É A CONDIÇÃO PARA UM BRASIL MELHOR, MAIS EDUCADO E MAIS SAUDÁVEL.

2)      CONSIDERAR CRIME HEDIONDO A COMPRA OU VENDA DE VOTOS, SEJA POR CANDIDATO OU NO EXERCÍCIO DO MANDATO ELETIVO, E QUE SEJAM APERFEIÇOADOS OS MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DESSES CRIMES.

3)      TORNAR CRIME HEDIONDO A INFLUÊNCIA DOS LOBISTAS    REPRESENTANTES DO PODER ECONÔMICO-FINANCEIRO OU DE EMPRESAS ESTRANGEIRAS DE QUALQUER TIPO, NAS ATIVIDADES EXECUTIVAS OU PARLAMENTARES;

         lobista = pessoa que se dá à prática do 'lobby'
         lobby = Grupo de pessoas ou organização que tem como atividade profissional buscar influenciar, aberta ou veladamente, as decisões do poder público, especialmente no legislativo, para benefício próprio ou corporativo. Significa também a própria atividade de tal grupo ou organização.
              (Extraído dos verbetes correspondentes do dicionário "Aurélio")

4)      ACABAR COM O FORO PRIVILEGIADO DOS POLÍTICOS ELEITOS ACUSADOS DE CRIME, CRIANDO UM FÓRUM ESPECIAL FEDERAL PARA ESSE FIM, FORA DA ESTRUTURA DO STF.

5)      SUSPENDER PROVISORIAMENTE O EXERCÍCIO DE QUALQUER MANDATO, DURANTE OS TRÂMITES PARA A COMPROVAÇÃO DE DENÚNCIA FUNDAMENTADA DE  IMPROBIDADE.

6)      IMPEDIR QUE UM MESMO CIDADÃO EXERÇA UM MANDATO ELETIVO MAIS DE DUAS VEZES CONSECUTIVAS, EVITANDO COM ISSO A "PROFISSIONALIZAÇÃO" DA ATIVIDADE POLÍTICA.

7)      A PROPRIEDADE DE QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL, A SABER, JORNAL, RÁDIO, TELEVISÃO, SERÁ FATOR IMPEDITIVO DA CANDIDATURA A, OU DO EXERCÍCIO DE UM MANDATO ELETIVO.

8)      SEJA CRIADO UM SISTEMA DE CONTROLE PELO CIDADÃO DAS ATIVIDADES POLÍTICAS DOS DETENTORES DE QUALQUER CARGO ELETIVO, PODENDO CADA ELEITOR LEVAR DIRETAMENTE AOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA  ELEITORAL, EM FÓRUM CRIADO ESPECIALMENTE PARA ISSO, QUALQUER      DENÚNCIA DE IMPROBIDADE DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. TAIS TRIBUNAIS TERÃO PODERES DE EXTINGUIR O MANDATO DO POLÍTICO AÉTICO, APÓS COMPROVAÇÃO DA DENÚNCIA POR MEIO DE INVESTIGAÇÃO DA PROCURADORIA DA REPÚBLICA (ÂMBITO FEDERAL EM QUALQUER ESFERA DA DENÚNCIA).

9)      SEJA CRIADO UM SISTEMA QUE PERMITA TAMBÉM AO ELEITOR PROPOR OU VOTAR EM,  DIRETAMENTE VIA INTERNET, AS PROPOSTAS DE LEIS OU MUDANÇAS CONSTITUCIONAIS, DANDO-LHE CONDIÇÕES TÉCNICAS PARA ISSO.

10)    CRIAR MEIOS PARA QUE O ELEITOR, DURANTE AS ELEIÇÕES, VOTE EM PROGRAMA PARTIDÁRIO, EM VEZ DE CANDIDATO INDIVIDUAL, A FIM DE EXTINGUIR A FIGURA DO DEPUTADO OU VEREADOR QUE DECIDA AGIR          INDEPENDENTEMENTE DO PROGRAMA PARTIDÁRIO QUE SERVIU DE ORIENTAÇÃO PARA QUE O ELEITOR VOTASSE, E SE TORNE "UM BALCÃO DE VENDA DE VOTOS".

11)    DADO O INTENSO TRÁFEGO DAS INFORMAÇÕES, NÃO SE FAZ MAIS NECESSÁRIO O NÚMERO ATUAL DE DEPUTADOS FEDERAIS, ESTADUAIS E VEREADORES. REDUZI-LO  A UM NÚCLEO MÍNIMO INDISPENSÁVEL PARA A ANÁLISE DAS NECESSIDADES SOCIAIS E VOTAÇÃO DAS PROPOSTAS DE LEIS.

12)    FAZER A SUBSTITUIÇÃO PROVISÓRIA E DISCRICIONÁRIA, PELO TSE, DURANTE O PROCESSO ELEITORAL, DOS JUÍZES ELEITORAIS DE TODAS AS COMARCAS ELEITORAIS DE UM ESTADO, POR OUTROS DE OUTRO ESTADO, A FIM DE EVITAR CONTAMINAÇÃO DE ORDEM POLÍTICA, ECONÔMICO-   FINANCEIRA, AMICAL, PARENTEIRA, ETC.

Vamos, pois, movimentar os sites de relacionamento. Vamos dar o que pensar à nossa juventude sobre esse assunto.

Oswaldo da Rocha Ramos
Homem do Terço da Arquidiocese de Maceió

quarta-feira, 26 de junho de 2013

LINK DIRETO DO SITE DA NOSSA ARQUIDIOCESE!

Notícias / Nacional

CNBB cria ação de boas-vindas ao Papa Francisco

Para participar é só entrar na Rede Social eCatholicus

www.cnbb.org.brCNBB

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançará um livro em dois volumes: o primeiro volume contando, de forma temática e com testemunhos, a Peregrinação da Cruz e Ícone de Nossa Senhora pelo Brasil, denominada no país como “Bote Fé”; no segundo volume, constarão nome, paróquia, cidade e algumas mensagens de participantes dessa ação por meio da Rede Social eCatholicus.
Para ter o nome impresso no livro, os fiéis devem acessar a eCatholicus.com, a rede social da Igreja Católica lançada recentemente pela CNBB em parceria com o CERIS - Centro de Estatísticas Religiosas e Investigações Sociais e a Associação Petras de Promoção da Igreja. Na rede, após se cadastrar, o usuário deverá buscar pelo perfil do Papa Francisco, localizar o campo para a assinatura e deixar uma mensagem que será encaminhada ao Santo Padre pela CNBB.
"Naturalmente nem todas as mensagens poderão ser impressas no livro, apenas algumas que serão selecionadas por uma equipe da CNBB. Mas todos os nomes das pessoas que participarem dessa ação constarão no livro que também indicará a paróquias e a cidade desse fiel", disse padre Valdeir Goulart, que coordena a ação. "As mensagens não selecionadas serão disponibilizadas ao Papa por meio eletrônico", completou padre Valdeir. “As mensagens poderão ser redigidas utilizando apenas 150 (cento e cinquenta) caracteres. "Foi uma maneira que encontramos para otimizar a ação e evitarmos textos longos. Como prevemos uma grande participação dos fiéis nessa campanha, textos longos dificultariam a ação", disse Fábio Castro, administrador da rede eCatholicus.

PALAVRAS DO SANTO PADRE, O PAPA FRANCISCO, PARA NÓS


HOMILIA DO SANTO PADRE FRANCISCO
Praça de São Pedro
Domingo, 16 de Junho de 2013

Amados irmãos e irmãs!
Esta celebração tem um nome muito belo: o Evangelho da Vida. Com esta Eucaristia, no Ano da Fé, queremos agradecer ao Senhor pelo dom da vida, em todas as suas manifestações, e ao mesmo tempo queremos anunciar o Evangelho da Vida.
Partindo da Palavra de Deus que escutámos, gostava de vos propor simplesmente três pontos de meditação para a nossa fé: primeiro, a Bíblia revela-nos o Deus Vivo, o Deus que é Vida e fonte da vida; segundo, Jesus Cristo dá a vida e o Espírito Santo mantém-nos na vida; terceiro, seguir o caminho de Deus leva à vida, ao passo que seguir os ídolos leva à morte.
1. A primeira leitura, tirada do Segundo Livro de Samuel, fala-nos de vida e de morte. O rei David quer esconder o adultério cometido com a esposa de Urias, o hitita, um soldado do seu exército, e, para o conseguir, manda colocar Urias na linha da frente para ser morto em batalha. A Bíblia mostra-nos o drama humano em toda a sua realidade, o bem e o mal, as paixões, o pecado e as suas consequências. Quando o homem quer afirmar-se a si mesmo, fechando-se no seu egoísmo e colocando-se no lugar de Deus, acaba por semear a morte. Exemplo disto mesmo é o adultério do rei David. E o egoísmo leva à mentira, pela qual se procura enganar a si mesmo e ao próximo. Mas, a Deus, não se pode enganar, e ouvimos as palavras que o profeta disse a David: Tu praticaste o mal aos olhos do Senhor (cf. 2 Sam 12, 9). O rei vê-se confrontado com as suas obras de morte – na verdade o que ele fez é uma obra de morte, não de vida! –, compreende e pede perdão: «Pequei contra o Senhor» (v. 13); e Deus misericordioso, que quer a vida e sempre nos perdoa, perdoa-lhe, devolve-lhe a vida; diz-lhe o profeta: «O Senhor perdoou o teu pecado. Não morrerás». Que imagem temos de Deus? Quem sabe se nos aparece como um juiz severo, como alguém que limita a nossa liberdade de viver?! Mas toda a Escritura nos lembra que Deus é o Vivente, aquele que dá a vida e indica o caminho da vida plena. Penso no início do Livro do Génesis: Deus plasma o homem com o pó da terra, insufla nas suas narinas um sopro de vida e o homem torna-se um ser vivente (cf. 2, 7). Deus é a fonte da vida; é devido ao seu sopro que o homem tem vida, e é o seu sopro que sustenta o caminho da nossa existência terrena. Penso também na vocação de Moisés, quando o Senhor Se apresenta como o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, como o Deus dos viventes; e, quando enviou Moisés ao Faraó para libertar o seu povo, revela o seu nome: «Eu sou aquele que sou», o Deus que Se torna presente na história, que liberta da escravidão, da morte e traz vida ao povo, porque é o Vivente. Penso também no dom dos Dez Mandamentos: uma estrada que Deus nos indica para uma vida verdadeiramente livre, para uma vida plena; não são um hino ao «não» – não deves fazer isto, não deves fazer aquilo, não deves fazer aqueloutro… Não! – São um hino ao «sim» dito a Deus, ao Amor, à vida. Queridos amigos, a nossa vida só é plena em Deus, porque só Ele é o Vivente!
2. A passagem do Evangelho de hoje permite-nos avançar mais um passo. Jesus encontra uma mulher pecadora durante um almoço em casa de um fariseu, suscitando o escândalo dos presentes: Jesus deixa-Se tocar por uma pecadora e até lhe perdoa os pecados, dizendo: «São-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas àquele a quem pouco se perdoa, pouco ama» (Lc 7, 47). Jesus é a encarnação do Deus Vivo, Aquele que traz a vida fazendo frente a tantas obras de morte, fazendo frente ao pecado, ao egoísmo, ao fechamento em si mesmo. Jesus acolhe, ama, levanta, encoraja, perdoa e dá novamente a força de caminhar, devolve a vida. Ao longo do Evangelho, vemos como Jesus, por gestos e palavras, traz a vida de Deus que transforma. É a experiência da mulher que unge com perfume os pés do Senhor: sente-se compreendida, amada, e responde com um gesto de amor, deixa-se tocar pela misericórdia de Deus e obtém o perdão, começa uma vida nova. Deus, o Vivente, é misericordioso. Estais de acordo? Digamo-lo juntos: Deus, o Vivente, é misericordioso! Todos: Deus, o Vivente, é misericordioso. Outra vez: Deus, o Vivente, é misericordioso!
Esta foi também a experiência do apóstolo Paulo, como ouvimos na segunda leitura: «A vida que agora tenho na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim» (Gl 2, 20). E que vida é esta? É a própria vida de Deus. E quem nos introduz nesta vida? É o Espírito Santo, dom de Cristo ressuscitado; é Ele que nos introduz na vida divina como verdadeiros filhos de Deus, como filhos no Filho Unigénito, Jesus Cristo. Estamos nós abertos ao Espírito Santo? Deixamo-nos guiar por Ele? O cristão é um homem espiritual, mas isto não significa que seja uma pessoa que vive «nas nuvens», fora da realidade, como se fosse um fantasma. Não! O cristão é uma pessoa que pensa e age de acordo com Deus na vida quotidiana, uma pessoa que deixa que a sua vida seja animada, nutrida pelo Espírito Santo, para ser plena, vida de verdadeiros filhos. E isto significa realismo e fecundidade. Quem se deixa conduzir pelo Espírito Santo é realista, sabe medir e avaliar a realidade, e também é fecundo: a sua vida gera vida em redor.
3. Deus é o Vivente, é o Misericordioso. Jesus traz-nos a vida de Deus, o Espírito Santo introduz-nos e mantém-nos na relação vital de verdadeiros filhos de Deus. Muitas vezes, porém – sabemo-lo por experiência –, o  homem não escolhe a vida, não acolhe o «Evangelho da vida», mas deixa-se guiar por ideologias e lógicas que põem obstáculos à vida, que não a respeitam, porque são ditadas pelo egoísmo, o interesse pessoal, o lucro, o poder, o prazer, e não são ditadas pelo amor, a busca do bem do outro. É a persistente ilusão de querer construir a cidade do homem sem Deus, sem a vida e o amor de Deus: uma nova Torre de Babel; é pensar que a rejeição de Deus, da mensagem de Cristo, do Evangelho da Vida leve à liberdade, à plena realização do homem. Resultado: o Deus Vivo acaba substituído por ídolos humanos e passageiros, que oferecem o arrebatamento de um momento de liberdade, mas no fim são portadores de novas escravidões e de morte. O Salmista diz na sua sabedoria: «Os mandamentos do Senhor são rectos, alegram o coração; os preceitos do Senhor são claros, iluminam os olhos» (Sal 19, 9). Recordemo-nos sempre disto: O Senhor é o Vivente, é misericordioso. O Senhor é o Vivente, é misericordioso.
Amados irmãos e irmãs, consideremos Deus como o Deus da vida, consideremos a sua lei, a mensagem do Evangelho como um caminho de liberdade e vida. O Deus Vivo faz-nos livres! Digamos sim ao amor e não ao egoísmo, digamos sim à vida e não à morte, digamos sim à liberdade e não à escravidão dos numerosos ídolos do nosso tempo; numa palavra, digamos sim a Deus, que é amor, vida e liberdade, e jamais desilude (cf. 1 Jo 4, 8; Jo 8, 32; 11, 2), digamos sim a Deus que é o Vivente e o Misericordioso. Só nos salva a fé no Deus Vivo; no Deus que, em Jesus Cristo, nos concedeu a sua vida com o dom do Espírito Santo e nos faz viver como verdadeiros filhos de Deus com a sua misericórdia. Esta fé torna-nos livres e felizes. Peçamos a Maria, Mãe da Vida, que nos ajude a acolher e testemunhar sempre o «Evangelho da Vida». Assim seja.

domingo, 2 de junho de 2013

Ângelus com o Papa Francisco, no dia 02 de Junho de 2013


Angelus com Papa Francisco - 02/06/2013
Angelus

Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 2 de junho de 2013
Tradução: Jéssica Marçal
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Quinta-feira passada celebramos a festa de Corpus Christi, que na Itália e em outros países foi transferida para este domingo. É a festa da Eucaristia, Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo.
O Evangelho nos propõe a passagem do milagre dos pães (Lc 9, 11-17); gostaria de concentrar-me sobre um aspecto que sempre me impressiona e me faz refletir. Estamos às margens do lago da Galileia, a noite aproxima-se; Jesus se preocupa com o povo que há tantas horas está com Ele: são milhares e têm fome. O que fazer? Também os discípulos veem o problema e dizem a Jesus: “Despede a multidão” para que vá às vilas vizinhas encontrar algo para comer. Jesus, em vez disso, diz: “Vós mesmos dais a eles o que comer” (v. 13). Os discípulos permanecem confusos e respondem: “Não temos mais que cinco pães e dois peixes”, como dizer: apenas o necessário para nós.
Jesus sabe o que fazer, mas quer envolver os seus discípulos, quer educá-los. A atitude dos discípulos é aquela humana, que procura a solução mais realista, que não crie problemas: Despede a multidão – dizem – , cada um se vira como pode, de resto já fez tanto por eles: pregou, curou os doentes…Despede a multidão!
A atitude de Jesus é diferente e é ditada por sua união com o Pai e pela compaixão pelo povo, aquela piedade de Jesus para com todos nós: Jesus ouve os nossos problemas, as nossas fraquezas, as nossas necessidades. Diante daqueles cinco pães, Jesus pensa: eis a providência! Deste pouco, Deus pode tirar o necessário para todos. Jesus confia totalmente no Pai celeste, sabe que a Ele tudo é possível. Por isso diz aos discípulos para fazer o povo sentar-se em grupos de cinquenta – não é por acaso isto, porque isto significa que não são mais uma multidão, mas transformam-se em comunidade, alimentada pelo pão de Deus. Então toma aqueles pães e peixes, eleva os olhos para o céu, recita a benção – é clara a referência à Eucaristia – depois os parte e começa a dá-los a seus discípulos, e os discípulos os distribuem…e os pães e peixes não acabam, não acabam! Eis o milagre: mais que uma multiplicação é uma partilha, motivada pela fé e pela oração. Todos comeram e seguiram adiante: é o sinal de Jesus, pão de Deus para a humanidade.
Os discípulos viram, mas não entenderam bem a mensagem. Foram tomados, como a multidão, pelo entusiasmo do sucesso. Mais uma vez seguiram a lógica humana e não aquela de Deus, que é a do serviço, do amor, da fé. A festa de Corpus Christi nos pede para convertermos a fé na Providência, para saber partilhar o pouco que somos e que temos e não nos fecharmos nunca em nós mesmos. Peçamos à nossa Mãe Maria para ajudar-nos nesta conversão, para seguir verdadeiramente mais aquele Jesus que adoramos na Eucaristia. Assim seja.\

A lógica de Deus é a do serviço, do amor e da fé, destaca Papa no Angelus

O que o Corpo e o Sangue de Cristo têm a dizer para o homem de hoje? ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS!

A Festa de Corpus Christi encerra uma longa sequência de grandes festas litúrgicas: Páscoa, Ascensão, Pentecostes e Santíssima Trindade. É como se fosse um fecho espiritual apresentando a nós o amor de Cristo que se fez Pão para ser “remédio e sustento para a nossa vida”.

A Festa de Corpus Christi surgiu, no século XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon, (†1258), que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra à Sagrada Eucaristia, o que foi aprovado pelo Papa Urbano IV (1262-1264), em 11/08/1264 pela Bula “Transiturus de mundo”. Quando o Papa encontrou a procissão na entrada de Orvieto, trazendo a relíquia do milagre eucarístico acontecido em Bolsena, pronunciou diante da relíquia as palavras: “Corpus Christi”.

Muitos são os milagres eucarísticos em todo o mundo; por causa deles, a Igreja oficializou a procissão nas ruas, levando o Santíssimo Sacramento para ser adorado publicamente e nos abençoar.

Assista: Louvor a Jesus Eucarístico

Neste tempo de grandes e muitas ofensas públicas feitas a Deus, onde a religião é espezinhada, onde vemos o sagrado ser profanado de muitas formas, onde os ensinamentos de Jesus são negados, Cristo em Pessoa (Corpo, Sangue, Alma e Divindade) quer caminhar no meio de nós para nos lembrar o Seu amor por cada um que Ele veio salvar com o sacrifício de Sua vida. Um teólogo disse que se Deus foi capaz de se transformar em Homem, então, por amor a nós, também é capaz de se fazer Pão para poder estar conosco.
Ao menos uma vez no ano, o Senhor quer passar por nossas casas para nos dizer que nos ama, chama-nos, que ninguém deve desistir de vir a Ele sem medo até dos seus próprios pecados. Cristo vem nos dizer que sem Ele não podemos fazer nada de bom e de belo, e que o mundo vai mal, porque lhe virou as costas.

Sua presença eucarística, nas nossas ruas, têm a nos dizer muitas coisas: que Ele é o único Salvador do homem (cf. At 4,12), que o mundo só pode ser salvo pela vitória do amor a Deus e ao próximo, como Ele ensinou, e não como ensinam as novelas e o mundo; que “o seu Reino não é deste mundo”, que não tenhamos “medo dos que matam o corpo mas não podem matar a alma”; que “o seu Reino não terá fim”; que sua Igreja é infalível na doutrina e invencível na luta, até que Ele venha.

A peregrinação do Senhor por nossas ruas é para nos dizer que “Ele está no meio de nós” até o fim da história humana, e que não devemos ter medo porque Ele, ressuscitado, caminha conosco. Mais uma vez, Ele quer gritar em nossos ouvidos: “Eu sou a Luz do mundo. Convertei-vos e crede no Evangelho”.

Sua caminhada por nossas ruas vem nos lembrar que a fé não é – como disse Bento XVI – apenas uma atividade particular, mas pública, que o Estado deve ser laico (sem professar uma fé específica), mas que o povo é religioso e tem o direito de viver sua fé. O Senhor vem dizer a todos, de público, que a religião é fundamental na vida do povo, na elaboração das leis, na justiça e no governo, e que sem ela o homem perde o rumo da vida. Disse o Concilio Vaticano II que “só Cristo revela o homem ao próprio homem” (GS).

A caminhada do Senhor por nossas ruas e cidades vem nos dizer que nenhum dos Seus discípulos pode se omitir e se calar diante da destruição moral que estamos assistindo e que atinge principalmente a família, as crianças e os jovens, anulando os valores cristãos sobre os quais a nossa civilização foi construída, especialmente o casamento, a família e a educação cristã dos filhos.

O Senhor vem ao nosso encontro, sai a público para lembrar que “Ele nos fez e a Ele pertencemos; somos o seu povo e as ovelhas do seu rebanho” (Sl 99,3), e que Ele vem buscar cada ovelha tresmalhada que deixou o aprisco. Ele quer que olhemos para Ele que passa e tenhamos a certeza de que só Ele é a Vida, a Verdade e o Caminho, e que não nos deixemos nos iludir pelos falsos profetas tão abundantes em algumas mídias, universidades, livros e conversas. Eles querem substituir a fé e o Evangelho da salvação por ideologias humanas vazias e destruidoras.

Enfim, o Senhor vem nos dizer - de público - que só Ele pode nos dar o máximo que o nosso coração deseja. Então, vamos a Ele com o mesmo amor e devoção que Ele vem a nós. Vamos desagravar o Seu coração tão ofendido pelos pecados dos homens. Vamos, mais uma vez, enxugar as lágrimas do Seu rosto e o Sangue de Suas chagas.
Foto
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

Sejamos como Maria, Virgem do Silêncio

Maria soube escutar e fazer a vontade de Deus, afirma Papa

Papa reza Terço com fiéis

Escuta, decisão e ação. Palavras que indicam um caminho diante do que o Senhor espera de nós, disse o Papa
Nesta sexta-feira, 31, na conclusão do mês de maio, dedicado à Virgem Maria, e dia em que a Igreja celebra a Festa da Visitação de Nossa Senhora, o Papa Francisco rezou o Terço com os fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Em cada dezena, uma pequena meditação sobre os mistérios dolorosos e cantos marianos motivava os fiéis. Durante a oração, a imagem de Nossa Senhora foi levada em procissão com um andor até o Santo Padre.
:: Leia a ÍNTEGRA da Mensagem do Papa 
:: OUÇA íntegra da oração do Terço com o Papa
 
No final da oração, o Santo Padre dirigiu algumas palavras aos presentes meditando sobre a Visitação de Maria à sua prima Isabel. Papa Francisco sintetizou sua reflexão sobre esse episódio narrado em Lc1, 39-56) em três palavras: escuta, decisão e ação. “Palavras que indicam também um caminho para nós diante do que o Senhor espera de nós”, destacou.
Sobre a escuta, o Papa explicou que Maria sabe ouvir a Deus com atenção. “Uma atenção que não é superficial, mas é ouvir com acolhida, com disponibilidade para com Deus, não é o modo distraído como muitas vezes nos colocamos diante de Deus e dos outros”, disse.
A segunda palavra destacada por Francisco é “decisão”. O Santo Padre explica que Maria não “vive com pressa, mas quando necessário ela vai rapidamente. Ela não evita o esforço de decidir, seja na escolha fundamental que mudará sua vida – Faça-se em mim segundo Tua palavra – ou nas cotidianas – como nas núpcias de Caná.
Muitas vezes, disse o Papa, achamos difícil tomar decisões, preferimos adiá-las, deixar que outros decidam por nós. “Maria vai contra a corrente, se coloca em escuta de Deus, reflete e procura compreender a realidade e decide confiar totalmente em Deus”.
A terceira palavra é a “ação”. “Maria põe-se em viagem e foi depressa”, narra o Evangelho. Papa Francisco destacou que, apesar das críticas que Maria poderia ter recebido, ela não se detém, mas parte depressa. “Maria não se deixa questionar pelo momento, mas pergunta o que Deus quer? Ela não demora mas vai adiante”.
“A ação de Maria é uma consequência de sua obediência às palavras do anjo”, reforçou o Pontífice.
Em seguida, o Papa Francisco levantou-se para fazer uma pequena oração à Nossa Senhora, pedindo à ela, que abra nossos ouvidos para ouvir as Palavras do Seu Filho Jesus, que ilumine nossa mente para saber obedecê-Lo sem hesitar e nos guie para que possamos nos mover depressa em direção aos outros, “para que possamos levar ao mundo a Luz do Evangelho”.
Logo após, concedeu a todos sua benção Apostólica e agradeceu os presentes pela oração do Terço e pela comunhão.

Papa Francisco

Curiosidades a respeito do Terço

A saudação que o Arcanjo Gabriel fez a Maria, conforme o Evangelho de JESUS escrito por São Lucas 1, 26-38. "Ave cheia de graça, o SENHOR está contigo!" e, a outra saudação feita pos Isabel quando Ela foi a Ain Karin para ajudá-la nos três últimos meses de gravidez deram origem a primeira parte da Ave Maria. Sua prima Isabel era idosa e necessitava de companhia. Disse Isabel ao saudar MARIA: "Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre".

No dia de encerramento do Concílio, depois de palavras admiráveis dos Padres Conciliares, que ressaltaram as virtudes e as prerrogativas especiais da VIRGEM MARIA, Sua Santidade o Papa Celestinoemocionado e com lágrimas nos olhos, ajoelhou-se perante a assembléia e respeitosamente saudou NOSSA SENHORA: "SANTA MARIA, MÃE de DEUS, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém". Ai surgiu à segunda parte.

Todavia, a primeira manifestação efetiva a respeito do Terço ou Rosário, ocorreu no século XIII. No ano 1204, o Padre Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Padres Pregadores, também chamados de Dominicanos, estava preocupado com os poucos frutos que seus zelosos missionários conseguiam, apesar das exaustivas e perseverantes pregações. A heresia dos albigenses infestava o sul da França e se difundia em todas as regiões com grande publicidade, negando a Encarnação de JESUS e o dom Divino concedido às pessoas, de gerar e criar cristãmente os seus filhos. NOSSA SENHORA sempre bondosa e complacente apareceu a Padre Domingos e lhe ensinou a rezar o Rosário, já que o mesmo existia, como forma eficaz de combater a heresia e converter o coração das pessoas. Padre Domingos e seus missionários acolheram a orientação Divina e rezaram diariamente o Rosário de NOSSA SENHORA com muito fervor e assim, conseguiram resultados admiráveis na luta contra os hereges e na conversão de milhares de pessoas, que acolheram os ensinamentos da Igreja.

Num passo seguinte o monge cartuxo Henrique de Egher ou de Calcar, em 1408, redigiu um poema intitulado "II Psalterium Beatae Mariae", no qual estimulava a recitação de um "Pai-Nosso" antes de cada dezena, ou seja, de dez AVES MARIA, divulgando o Terço como NOSSA SENHORA o apresentou.

Assim, o Terço é uma oração bíblica, composta da primeira parte da Ave Maria e do Pai Nosso. 

Após ser definida como oração sequêncial, passou-se a meditar os Mistérios de Cristo, o que se constituiu no Rosário, também bíblico. Assim, eram 15 (quinze) os Mistérios a serem meditados, em grupos de 5 (cinco), chamados: Gozosos -   sobre a Anunciação, o Nascimento e a Infância de Jesus; os Dolorosos - sobre a Paixão e Morte de Jesus, e os Gloriosos - sobre a Ressurreição, Ascensão de Jesus e a Assunção e Coroação de Nossa Senhora. Daí que 5 (cinco) mistérios formavam 1/3 (um terço), ou seja, a terça parte do Rosário.

Em 2002, ano do Santo Rosário, Sua Santidade o Papa João Paulo II instituiu os mistérios Luminosos - sobre a vida pública de Jesus. Dessa forma, o Rosário tendo 4 (quatro) terços não deveria mais ser chamado de Terço e sim a 4ª (quarta) parte do Rosário. Entretanto, o Santo Padre optou por deixar permanecer o nome Terço, considerando que já estava firmado no coração dos devotos de nossa Mãe, e assim ficou.

Fonte:http://www.tercodoshomens.com.br/artigos/historiadoterco.htm

Maria, Virgem do Silêncio, Rogai por nós!

José Gerlondson Jr
Coordenador Geral do TH