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sábado, 4 de dezembro de 2010

LEITURA E MEDITAÇÃO DO SANTO EVANGELHO DE LUCAS 21,29-33, NA ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO EM 26/10/2010




Naquele tempo, Jesus contou-lhes uma parábola: “Olhai a figueira e todas as árvores. Quando vedes que elas estão dando brotos, logo sabeis que o verão está perto. Vós também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o reino de Deus está perto. Em verdade eu vos digo, todo isso vai acontecer antes que passe esta geração. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar”.

MEDITAÇÃO

Para entendermos muitas das parábolas de Jesus, será necessário notar que nelas existem dois tempos: o tempo em que ela foi contada, e o tempo de sua eficácia, depois da ressurreição. Explicando melhor, o sentido dessas parábolas torna-se claro depois da ressurreição de Jesus, com a instituição de sua Igreja.

“Vós também, quando virdes acontecer essas coisas (isto é, esses sinais), ficai sabendo que o reino de Deus está perto”. E isso iria acontecer “ANTES QUE PASSE ESTA GERAÇÃO.” Portanto, antes que a geração de Jesus terminasse, o Reino de Deus seria instaurado aqui na terra.

“Essas coisas” aconteceriam antes que passasse aquela geração. Portanto, a geração do próprio Jesus, à qual Ele não sobreviveu, pois morreu ainda jovem. Mas, com a sua morte, e morte de cruz, “essas coisas”, isto é, todas as “árvores” iriam florescer, anunciando o iminente advento do reino de Deus.

Antes que a geração de Jesus passasse, a sua palavra começou a dar brotos, brotos de comunidades que a seguiam, que seguiam a Sua palavra. Essas almas tocadas pela palavra de Cristo se multiplicaram intensamente, a palavra se difundiu, criando inúmeras comunidades que, como o nome já indica, procuravam vivê-la em comunhão. Portanto, era uma palavra que tinha a força de criar comunidades, de unir as pessoas, porque eram palavras que geravam amor, que faziam revelar às pessoas a necessidade de pensar no outro, de se identificar com o outro, de sair de si próprio para ir ao outro, de encontrar o próprio Jesus no outro. E isso, mutuamente.

E quando ao menos dois se encontravam nesse amor mútuo, naquele momento era gerado o reino de Deus, porque, como disse Jesus, “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles (Mt. 18, 20)”. O reino de Deus, portanto, é o próprio Jesus, ressuscitado, misticamente presente no meio de nós, por meio do mútuo amor que nos une, pois só estaremos em nome de Jesus se estivermos numa relação de amor em Cristo, em constante comportamento de oração.

Agora, a parábola toma sentido: o reino de Deus, vivido na comunhão dos primeiros cristãos, ainda na geração de Jesus, estabelece novas condições de relacionamento, novos valores, vale dizer, funda uma sociedade nova, uma nova civilização, impregnada do Espírito Santo que forma, com a comunidade de fiéis, um só corpo com Cristo. Eis o Reino de Deus que Jesus previu: A Igreja.

Entre nós, aqui na capela, está o reino de Deus. Aqui entre nós, por mais incrível que possa parecer, já formamos uma sociedade nova que poderá se tornar, até mesmo, com o nosso empenho, com nosso amor e perseverança, a semente de novas estruturas sociais. Porque todos nós já aceitamos Jesus e as consequências da nossa fé nEle. Com essa fé, já construímos uma civilização inteira. Mas hoje, nunca se tornou tão necessária a volta à origem, a difusão da Palavra que motiva o relacionamento cristão, que propaga seus valores, numa sociedade que já voltou ao paganismo, e cujos dirigentes querem IMPOR, sob o olhar indiferente de uma nação gerada no regaço da Igreja, querem impor, repito, uma república que chamam de laica, mas que, na verdade, não passa de um estado ateísta.

Como fazer, então, para estabelecermos uma sociedade inspirada no MANDAMENTO NOVO, onde a justiça gera a paz? Mostrando ao mundo que somos “um só coração e uma só alma”, que nos amamos mutuamente. E, caso não pudermos encontrar quem nos ame, façamos como aconselhou São Francisco de Assis: “Onde não houver amor, põe amor, e encontrarás amor”, e com esse amor gerado por nosso amor poderemos gerar também Jesus no nosso meio. E Jesus em nosso meio é o Reino de Deus aqui na terra. Um reino poderosíssimo que tem a força de um amor infinito. Os Céus e a Terra hão de passar, mas as palavras de Jesus não passarão. “Eu venci o mundo”, disse Jesus. E este é o fundamento de nossa esperança. Esta é a fé que nos tornará vitoriosos. AMÉM?

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